A mulata – entre o ódio e o amor
DOI:
https://doi.org/10.12797/SI.13.2014.13.20Palavras-chave:
Jorge Amado, Gabriela, cravo e canela, mulata, género e raçaResumo
Baseando‑se numa análise do romance de Jorge Amado Gabriela, cravo e canela, pretende‑se demostrar a simultânea inserção e rejeição que a figura da mulata sofre por parte da sociedade. Vista a partir da teoria da “antropofagia amorosa” de Affonso de Sant’Anna e da conceitualização teórica de Teófilo de Queiroz, a personagem de Gabriela revela a sua ambiguidade, abrindo o caminho para uma interpretação focada mais na sua inscrição no plano social do que no seu retrato individual e na sua representatividade como um modelo de mulata que denuncia o discurso do poder masculino patriarcal por trás desta imagem.
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