Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come – Cidade de Deus e a identidade brasileira de inferioridade
DOI:
https://doi.org/10.12797/SI.15.2016.15.09Palavras-chave:
cinema brasileiro, identidade, inferioridade, trauma cultural, violênciaResumo
Esse artigo propõe uma reflexão sobre a identidade brasileira contemporânea no âmbito dos estudos multidisciplinares de ‘trauma cultural’ (Alexander, 2004), onde o conceito original de trauma psíquico é revisado e ampliado a fim de refletir sobre mudanças identitárias e sociais, também através de representações como o cinema e a literatura. A abertura de “Cidade de Deus” (2002), filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund, adaptação da obra homônima de Paulo Lins (1997), é tomada aqui como representação sintética de uma identidade brasileira de precariedade e inferioridade, decorrência do traumático passado colonial e escravista.
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