“Falar diferente” e conservar um geoleto vernáculo
Notas sobre a importância da fonética no fortalecimento dos princípios da identidade de G. Breakwell no caso da comunidade d’a fala de Xálima (Cáceres, Espanha)
DOI:
https://doi.org/10.12797/SI.13.2014.13.28Palavras-chave:
a fala, Xálima, fonética dialectal, Identity Process Theory, identidade étnicaResumo
No artigo apresentam‑se algumas considerações preliminares face a uma proposta de explicação alternativa da vitalidade do geoleto do Val de Xálima (Cáceres, Espanha), a chamada a fala. Tendo em consideração que hoje em dia a comunidade de Xálima tem vindo a enfrentar vários fenómenos de índole sociolinguística que poderiam ter resultado na supressão das particularidades dialetais d’a fala e na convergência linguística com o castelhano, procura‑se descrever um processo de reforço da identidade étnica local baseado na saliência percetiva dos hipotéticos “traços de não‑pertença”, que têm vindo a resultar na conservação do geoleto. Consequentemente, propõe‑se inscrever o factor de “falar diferente” na Teoria do Processo Identitário (Identity Process Theory) de G. Breakwell.
Referências
Alvar, M. (ed.) (1999), Manual de dialectología hispánica. El español de España, Ariel, Barcelona.
Azevedo Maia, C., de (1977), “Os falares fronteiriços do concelho do Sabugal e a vizinha região de Xalma e Alamedilla”, Suplemento IV da Revista Portuguesa de Filologia, sem paginação.
Barros Ferreira, M. (2010), Língua e história na fronteira norte‑sul. Bibliografia, Campo Arqueológico de Mértola, Mértola.
Blas Arroyo, J.L. (2008), Sociolingüística del español. Desarrollos y perspectivas en el estudio de la lengua española en contexto social, Cátedra, Madrid.
Breakwell, G. (1986), Coping with threatened identities, Methuen, London.
Breakwell, G. (2001), “Social representational constraints upon identity processes”, em: Deaux, K., Philogène, G. (eds.), Representations of the social: bridging theoretical traditions, Wiley, New York, pp. 271‑284.
Dondelewski, B. (2011). «De costas viradas». O falar de San Martín di Trebellu (Cáceres, Espanha) comparado com o falar dos Foios (Guarda, Portugal) através das realizações atuais do tónico, dos /s/ e /z/ iniciais e mediais e do pré‑nuclear, tese de licenciatura não publicada, Uniwersytet Jagielloński, Kraków.
Gargallo Gil, J.E. (2009), “Fronteras y enclaves en la Romanía. Encuadre romance para la fala de Xálima”, Límite, 3, pp. 27‑43.
Hall, S. (1992), “The question of cultural identity”, em: S. Hall, S., Held, D., McGrew, A. (eds.), Modernity and its future, Polity Press, Oxford, pp. 596‑632.
Hall, S. (1996), “Introduction: Who needs identity”, em: Hall, S., de Gay, P. (eds.), Questions of Cultural Identity, SAGE, London, pp. 15‑29.
Iglesias‑Álvarez , A., Ramallo , F. (2002‑2003), “Language as a diacritical in terms of cultural and resistance identities in Galicia”, Estudios de Sociolingüística, 3(2) & 4(1), pp. 255‑287. DOI: https://doi.org/10.1558/sols.v3i2.255
Jaspal, R., Cinnirella, M. (2012), “The construction of ethnic identity: insights from identity process theory”, Ethnicities, 12, 5, pp. 503‑530. DOI: https://doi.org/10.1177/1468796811432689
Ramallo, F. (2011), “O enclave lingüístico de Xálima: unha análise sociolinguística”, Estudos de Lingüística Galega, 3, pp. 111‑135.
Saramago, J. (2006), “O atlas linguístico‑etnográfico de Portugal e da Galiza (ALEPG)”, Estudis romànics, 28, pp. 281‑298.
Zamora Vicente, A. (1974), Dialectología española, Gredos, Madrid.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2014 Bartosz Dondelewski

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.