Queerizações da Música Popular de António Variações
DOI:
https://doi.org/10.12797/SI.13.2014.13.42Palavras-chave:
António Variações, queer, música, identidades sexuais e de géneroResumo
Durante muitos séculos, as instituições de poder têm persistido em “governar” os nossos corpos, e têm legislado contra o género, a sexualidade e atos sexuais considerados “desviantes” das normas prescritas. A música foi analisada de forma comparada, através de instituições seculares e religiosas por causa do seu apelo físico e emocional. Neste contexto, analisarei duas canções de António Variações intituladas Canção de Engate e Onda Morna que apresentam um tema homoerótico subliminar. Neste artigo salientarei a importância da música e de como esta foi usada por Variações para expressar sexualidades não‑normativas, desejos e de que forma é que isso possibilitou e contribuiu para expressões de queerização e de identidades queer em Portugal.
Referências
Babuscio, J. (2002), “The Cinema of camp (AKA Camp and the gay sensibility)”, em: Cleto, F. (ed.), Camp: Queer aesthetics and the performing subject. A reader, University of Michigan Press, Detroit, pp. 117‑135.
Brett, P. (1994), “Musicality, essentialism, and the closet”, em: Brett, Wood, P. E., Thomas, G. C. (eds.), Queering the pitch: The new gay and lesbian musicology, Routledge, New York, pp. 9‑26.
Carvalho, E.M. (1983), “António Variações: Quero ser um músico popular”, O País, 380, pp. 10-15.
Connell, J., Gibson, C. (2003), Sounds tracks: Popular music, identity and place, Routledge, London. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203448397
Corber, R., Valocchi, S. (2003), “Introduction”, em: Corber, R., Valocchi, S. (eds.), Queer Studies: An interdisciplinary reader, Blackwell, Oxford, pp. 1‑17.
Cusick, S. (1999a), “Gender, musicology and feminism”, em: Cook, N., Everist, M. (eds.), Rethinking music, Oxford University Press, Oxford, pp. 471‑498.
Cusick, S. (1999b), “On musical performances of gender and sex”, em: Barkin, E., Hamessley, L. (eds.), Audible traces: Gender, identity, and music, Carciofoli Verlagshaus, Zurich, pp. 25‑48.
Dibben, N. (2002), “Gender identity and music”, em: Macdonald, R., Hargreaves, D., Miell, D. (ed.), Musical identities, Oxford University Press, Oxford, pp. 117‑133.
Frith, S. (1996), Performing rites: On the values of popular music, Oxford University Press, Oxford.
Foucault, M. (1979), The history of sexuality, vol. 1: An introduction, Allen Lane, London.
Gonzaga, M. (2006), António Variações: Entre Braga e Nova Iorque, Âncora Editora, Lisboa.
Joyce, V.M. (1997), “What’s so queer about composing? Exploring Attali’s concept of composition from a queer perspective”, Popular Music and Society, 21, pp. 35‑59. DOI: https://doi.org/10.1080/03007769708591678
McClary, S. (1991), Feminine endings: Music, gender and sexuality, University of Minnesota Press, Minneapolis.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2014 Paulo Pires Pepe

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.