O uso do Pretérito Imperfeito e do Pretérito Perfeito do Indicativo em português europeu por estudantes com cantonês como L1
DOI:
https://doi.org/10.12797/SI.18.2019.18.31Słowa kluczowe:
Pretérito Imperfeito, Pretérito Perfeito Simples, L2, produção escrita, análise de desviosAbstrakt
Este trabalho tem como objetivo averiguar que condições de uso implicam mais desvios relativamente ao emprego do Pretérito Perfeito Simples (PPS) e do Pretérito Imperfeito (PI) por aprendentes chineses de PLE, de nível A2 (QECRL), com L1 cantonês, procurando encontrar algumas explicações para a sua ocorrência. A análise, quantitativa e qualitativa, parte do contraste entre o português e o cantonês quanto à marcação do tempo e do aspeto e descreve os desvios mais frequentes num corpus de produções escritas dos estudantes. Face a alguns resultados inesperados, procedeu-se também a uma verificação de ocorrências do Presente em vez do PPS e do PI, como forma de confirmar ou não, possíveis explicações. Os resultados indicam que não parece haver uma transferência direta do valor dos marcadores aspetuais perfetivos e imperfetivos do cantonês para a utilização do PPS e do PI ou do Presente, mas uma transferência da concetualização perfetivo/imperfetivo no cantonês, independentemente do tempo.
Bibliografia
CARLSON, G. (1977), Reference to Kinds in English, Ph. D. dissertation, University of Massachusetts, Amherst.
CHAN, Y. L. E. (2000), Verb Semantics and Aspect in the Language of Cantonese-speaking Preschoolers, The University of Hong Kong, Hong Kong.
CHAN, Y. H., YAP, F. H., SHIRAI, Y., MATTHEWS, S. (2004), “A Perfective-imperfective Asymmetry in Language Processing: Evidence from Cantonese” em: Proceedings of the 9th International Symposium on Chinese Languages and Linguistics, Academia Sinica and the Graduate Institute of Linguistics, National Taiwan University, Taipei, pp. 383-391.
CONSELHO DA EUROPA (2001), Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, Asa, Porto.
CUNHA, L. F. (1998), As construções com progressivo no português: uma abordagem semântica, Dissertação de Mestrado, FLUP, Porto.
CUNHA, L. F. (2004), Semântica das Predicações Estativas: para uma Caracterização Aspectual dos Estados, Tese de Doutoramento, FLUP, Porto (Lincom GmbH 2007).
CUNHA, L. F. (2013), “Aspeto” em: Raposo, E. [et al.] (eds.), Gramática do Português, FCG, Lisboa, pp. 585-622.
ELLIS, R. (1994), The Study of Second Language Acquisition, OUP, Oxford.
KAMP, H., ROHRER, C. (1983), “Tense in texts” em: Bauerle, R., Schwarze, C., von Stechow, A. (eds.), Meaning, Use and Interpretation of Language, de Gruyter, Berlin, pp. 250-269. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110852820.250
HUANG, L. (1988), Aspect: A General System and its Manifestation in Mandarin Chinese, Student Book Co, Taipei.
LAM, C. F. (2009), “A Comparison between the Cantonese Aspect Markers gan and haidou”, Rivista di Grammatica Generativa, 34, pp. 87-113.
LEI, M. K., LEE, T. H. (2017), “Early Knowledge of the Interaction between Aspect and Quantification: Evidence from Child Cantonese” em: LaMendola, M., Scott, J. (eds.). Proceedings of the 41st Annual Boston University Conference on Language Development, Cascadilla, Somerville-MA, pp. 424-435.
MATTHEWS, S., YIP, V. (1994), Cantonese: A Comprehensive Grammar, Routledge, London.
OLIVEIRA, F. (1990), “Funções discursivas de alguns tempos do Passado em Português” em: Mateus M. H. M., Lopes, O. (eds.), Encontro de Homenagem a Óscar Lopes, Fundação Eng. António Almeida, Porto, pp. 165-186.
OLIVEIRA, F. (2003), “Tempo e Aspecto” em: Mateus, M. H. M. [et al.], Gramática da Língua Portuguesa, Caminho, Lisboa, pp. 127-178.
OLIVEIRA, F. (2004), “O Imperfeito e o Tempo dos Indivíduos” em: Oliveira, F., Duarte, I. M. (eds.), Da Língua e do Discurso, Campo das Letras, Porto, pp. 505-528.
OLIVEIRA, F. (2013), “Tempo verbal” em: Raposo, E. [et al.] (eds.), Gramática do Português, FCG, Lisboa, pp. 509-556.
SZE-WING, T., SIU-PONG, C. (2014), “Aspects of Cantonese Grammar” em: Huang, J., LI, Y.-H. A., SIMPSON, A. (eds.), The Handbook of Chinese Linguistics, Wiley, London, pp. 601-628.
SYBESMA, R. (2004), “Exploring Cantonese Tense” em: Cornips, L., Doetjes, J., Linguistics in the Netherlands, John Benjamins, Amsterdam, pp. 169-180.
YIP, V., MATTHEWS, S. (2000), Intermediate Cantonese: A Grammar and Workbook, Routledge, London.
Pobrania
Opublikowane
Numer
Dział
Licencja

Utwór dostępny jest na licencji Creative Commons Uznanie autorstwa – Użycie niekomercyjne – Bez utworów zależnych 4.0 Międzynarodowe.