no Português Europeu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12797/SI.18.2019.18.25

Palavras-chave:

<Meter-se a infinitivo>, perífrase verbal, verbo semiauxiliar, inceptivo ‘esforço/vontade firme/decisão’, Português Europeu

Resumo

<Meter-se a + infinitivo> é uma construção que focaliza o ‘começo’ da situação denotada pelo predicado cujo núcleo é a forma verbal de infinitivo. Este valor, o “inceptivo”, não se lhe confina, contudo. Por exemplo (e só para referir algumas), começar a, pôr-se a, romper a, largar a + infinitivo são construções que também o partilham. Por conseguinte, constitui objetivo deste artigo indagar das suas especificidades, para o que – com base num corpus constituído por material linguístico autêntico, recolhido na imprensa escrita e em textos literários (finais do séc. XX e inícios do séc. XXI) –, convoco argumentos vários, quer de natureza estrutural quer sintático-semântica.

Referências

APARICIO, J., COLL-FLORIT, M., CASTELLÓN, I. (2014), “Perífrasis incoativas: aproximación cognitiva y estudio de corpus”, Sintagma, 26, pp. 73-88.

BARROSO, H. (2017), “Passar a + infinitivo no Português Europeu: construção com valor discursivo ou operador aspetual?” em: Ferreira, A. M., Morais, C., Brasete, M.ª F., Coimbra, L. R. (eds.), Pelos mares da língua portuguesa 3, UA Editora, Aveiro, pp. 279-301.

BARROSO, H. (2016), “Pôr-se a + infinitivo no Português Europeu” em: Hlibowicka-Węglarz, B., Wiśniewska, J., Jabłonka, E. (eds.), Língua Portuguesa. Unidade na Diversidade, vol. I, Wydawnictwo Uniwersytetu Marii Curie-Skłodowskiej, Lublin, pp. 109-124.

BARROSO, H. (2007), Para uma gramática do aspecto no verbo português, Universidade do Minho, Braga, [on-line] http://hdl.handle.net/1822/7987.

BARROSO, H. (1994), O aspecto verbal perifrástico em português contemporâneo: visão funcional/ sincrónica, Porto Editora, Porto.

CUNHA, L. F. A. S. L. da (1998), As construções com progressivo no Português: uma abordagem semântica, Universidade do Porto, Porto. [Tese de Mestrado inédita]

CUNHA, L. F. A. S. L. da (2007), Semântica das predicações estativas. Para uma caracterização aspectual dos estados, Lincom Europa, München.

DE MIGUEL, E. (1999), “El aspecto léxico” em: Bosque, I., Demonte, V. (eds.), Gramática descriptiva de la lengua española, vol. 2, Editorial Espasa Calpe, Madrid, pp. 2977-3060. [Real Academia Española – Colección Nebrija y Bello]

DUARTE, I. (2003), “Subclasses de verbos e esquemas relacionais” em: Mateus, M.ª H. M. [et al.], Gramática da língua portuguesa, 5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, pp. 295-316.

DUARTE, I., BRITO, A. M. (2003), “Estrutura argumental e papéis temáticos”, “Tipos de situações e tipologia aspectual dos verbos”, “Natureza aspectual do verbo e respectiva estrutura argumental” em: Mateus, M.ª H. M. [et al.], Gramática da língua portuguesa, 5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, pp. 183-197.

GARCÍA FERNÁNDEZ, L. (ed.) (2006), Diccionario de perífrasis verbales, Editorial Gredos, Madrid.

GONÇALVES, A., COSTA, T. da (2002), (Auxiliar a) Compreender os verbos auxiliares. Descrição e implicações para o ensino do Português como Língua Materna, Edições Colibri e Associação de Professores de Português, Lisboa.

MOENS, M. (1987), Tense, Aspect and Temporal Reference, Ph.D., University of Edinburgh, Edinburgh.

OLIVEIRA, F. (2003), “Tempo e aspecto” em: Mateus, M.ª H. M. [et al.], Gramática da língua portuguesa, 5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, pp. 127-178.

VENDLER, Z. (1967), Linguistics in Philosophy, Cornell University Press, New York. DOI: https://doi.org/10.7591/9781501743726

Downloads

Publicado

2019-12-31

Edição

Secção

Linguística, didática e estudos de tradução

Como Citar

« No Português Europeu». 2019. Studia Iberica (Studia Iberystyczne) 18 (Dezembro): 349-64. https://doi.org/10.12797/SI.18.2019.18.25.

Artigos Similares

1-10 de 147

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.