Criatividade linguística, cultura e ensino da língua portuguesa (português língua não‑materna)
O que a Linguística Cognitiva nos ensina acerca das diferenças entre o Português Europeu e o Português do Brasil?
DOI:
https://doi.org/10.12797/SI.13.2014.13.21Palavras-chave:
criatividade linguística, ensino do Português, PLNM, variedades do Português, PE e PB, linguística cognitiva, linguagem da publicidadeResumo
Refletir sobre o ensino da Língua Portuguesa como língua não‑materna (PLNM), tendo em conta as diferentes variedades linguísticas existentes e, sobretudo, as duas variedades nacionais – o Português Europeu (PE) e o Português do Brasil (PB) –, constitui uma tarefa complexa que precisa de ser enfrentada pelas entidades competentes, especialmente se tal acontece fora do espaço dos países lusófonos. No presente trabalho, propomo‑nos ir além das habituais preocupações sobre as diferenças entre as duas variedades, amplamente conhecidas e apresentadas nas gramáticas da língua (características fonético‑fonológicas, lexicais e morfológicas) e concentrarmo‑nos no nível semântico, discursivo e conceptual da língua, num estudo ancorado no enquadramento da Linguística Cognitiva, acerca do papel da criatividade linguística na publicidade e das diferenças observadas na respetiva conceptualização no PB e PE [cf. Arruda, 2013 e Batoréo, no prelo].
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